domingo, 27 de fevereiro de 2011

Pensei ...

...
De que me valeu , toda a minha entrega ?
Talvez como suor que me escorresse ,
não me ficasse o sal ...
Isto pensei , mas ... será que o pensei mesmo ?
Pois é ... será ... 

ou também isto pensei que pensei ?
...
...
Cada olhar que ao meu se rendeu ,
verde , azul , castanho ou negro ,
cada um abaixo dos portões , comigo estiveram ,
e se fundiram ... na entrega ,
oh ! ... amigo ... que prisão ... 

de mentiras e por elas ...

...
...
De que me valeu me entregar à Verdade ,
frente a estas ... De quê ?
Por que a Verdade , esteve no meu olhar ... e está !
E de quê me valeu isto , senão o momento ?
Mas por este é que ainda estou de pé !

...
...
que aos outros é 'alegria e felicidade' ...
e em regozijo ... Meu Deus !
Tudo tão simples

e de Forma justa , aprovada ...
mas complicada de tal Forma , que ...
esse é o caminho que o sal percorre em lágrima !

...
...
que me chega as lábios , quente ainda ...
mas gelada pelo caminho percorrido ...
... caminho que ninguém quis trilhar ...
tão fácil , tão claro , cristalino ... 

tão dignoque me pergunto ... por quê ?
...
...
Prefiro a dignidade da lágrima , com certeza ;
ainda que a derrame sozinho , em minha solidão ,
ainda assim , a prefiro ... sem lenços ...
sem os anteparos de quem se regozija por nada ,
pelo que a mesma está na balança !

...
...