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domingo, 30 de abril de 2023

Herodes [*]

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Herodes e seus descendentes no Novo Testamento

Fredi Winkler


Herodes e alguns dos seus descendentes são importantes na história do Novo Testamento. Para muitos leitores das Escrituras, as ligações familiares entre Herodes e os diversos descendentes da sua dinastia são um pouco confusas, inclusive porque o Novo Testamento chama dois desses descendentes simplesmente de Herodes, pois afinal descendem da dinastia herodiana. Trata-se, no caso, de Herodes Antipas, que reinava quando Jesus viveu na terra, e de Agripa I, que reinou no tempo dos apóstolos.


Herodes e seus descendentes governaram por um período de quatro gerações entre os anos de 37 a.C., quando Herodes, o Grande subiu ao poder, e 92 d.C., quando morreu seu bisneto Agripa II.


Ao longo da sua vida, Herodes teve mais de dez mulheres e consequentemente também muitos filhos. O Novo Testamento menciona apenas alguns deles, e passaremos aqui a citá-los em sequência.


Filhos de Herodes que herdaram partes do seu reino: Herodes alterou três vezes o seu testamento; a última pouco antes da sua morte em 4 a.C. Neste ele designou três dos seus filhos como herdeiros parciais do reino: Arquelau, Antipas e Filipe. Como cada um recebeu só parte do reino, eles não eram reis como seu pai. Receberam o título de tetrarcas, ou seja, príncipes de um quarto. Os romanos autenticaram o testamento de Herodes.


Arquelau

Arquelau, o filho mais velho, recebeu a Judeia, a parte maior do reino. Depois da morte de Herodes, a situação na Judeia se deteriorou progressivamente, e Arquelau revelou-se incapaz de controlá-la. Por isso, os romanos o depuseram no ano 6 após um reinado de dez anos. A partir de então, os romanos governaram a região diretamente por meio de um procurador. Arquelau é mencionado apenas uma vez no Novo Testamento, em Mateus 2.22.


Antipas

Antipas recebeu a Galileia e a Pereia, uma região a leste do Jordão e do mar Morto. Seu reinado foi mais feliz que o do seu irmão Arquelau, tendo durado de 4 a.C. até 39 d.C. Ele edificou Tiberíades como sua capital junto ao lago de Genesaré, denominando-a assim em homenagem ao imperador Tibério.


Antipas é citado várias vezes no Novo Testamento porque governou durante todo o período que Jesus passou na terra. Nunca, porém, ele é denominado por seu nome particular Antipas, mas sempre apenas de Herodes. Esse fato é a razão principal da falta de clareza quando se cita o nome Herodes.


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Em Lucas 3.1, Antipas é mencionado cronologicamente pela primeira vez com a designação de “Herodes, tetrarca da Galileia”. Ele adquiriu fama lamentável pela decapitação de João Batista (Mt 14.1-13).


Antipas é citado várias vezes no Novo Testamento porque governou durante todo o período que Jesus passou na terra.

Nos evangelhos, Antipas é mencionado pela última vez no contexto do interrogatório do Senhor Jesus por Pôncio Pilatos. Quando Pilatos descobriu que Jesus era originário da Galileia, ele o enviou a Herodes Antipas a fim de que este o julgasse. Ele, porém, enviou-o de volta, contrariando Pilatos (Lc 23.1-15).


Filipe

Filipe é mencionado apenas uma vez no Novo Testamento, em Lucas 3.1. Foi-lhe atribuído o governo das regiões da Itureia e de Traconites, ao norte do lago de Genesaré. Ele governou de 4 a.C. até sua morte, em 34 d.C., tendo edificado a cidade de Paneas (atual Banias) para ser sua capital. Denominou a cidade de Cesareia em homenagem ao imperador. Como, porém, já existia uma Cesareia no litoral do Mediterrâneo, sua cidade ficou conhecida como Cesareia de Filipe (Mt 16.13).


Agripa I

Agripa I era neto de Herodes o Grande. Seu pai era Aristóbulo, um filho de Mariamne, a segunda mulher de Herodes. Ela era neta de Hircano, o último rei dos asmoneus, que reinaram antes de Herodes. Com isso, Agripa I era descendente tanto de Herodes como também dos asmoneus ou macabeus, como também eram chamados. Pelo fato de ser descendente não só de Herodes, mas também de ser um asmoneu, ele gozava de alguma simpatia e de reconhecimento entre os judeus. Seu pai Aristóbulo deveria ter sido herdeiro do trono junto com seu irmão Alexandre, mas Herodes acusou ambos e também sua mãe Mariamne de conspiração e mandou executá-los.


Agripa I cresceu em Roma na corte imperial e também viveu a maior parte do tempo ali, até que no ano 37 Calígula, o sucessor do imperador Tibério, fez Agripa rei e lhe deu o domínio da região órfã de Filipe. Ele tinha 47 anos de idade e reinou cerca de sete anos, até 44 d.C.


Herodias, que ganhou vergonhosa fama no episódio em torno da morte de João Batista, era irmã de Agripa I (Mc 6.14-29).


Quando o imperador Calígula foi assassinado em janeiro de 41, Cláudio, seu sucessor, tornou Agripa soberano de todo o reino de Herodes, o Grande.


Em Atos 12.1-19, Agripa I é chamado de rei Herodes. Ele matou à espada Tiago, o irmão de João, e lançou Pedro na prisão, o qual foi então libertado pela intervenção milagrosa de um anjo. Os versículos 20 a 23 relatam sua morte súbita em Cesareia por um anjo do Senhor, porque ele “não glorificou a Deus”. Muitas vezes isso também é visto como juízo pela execução de Tiago e a tentativa de matar Pedro. Ao que parece, com isso ele queria conquistar a estima dos judeus, especialmente dos fariseus. Na ocasião, seu filho Agripa, de 16 anos, ainda era jovem demais para assumir sua sucessão, de modo que o país voltou a ser governado por um procurador romano.


Agripa II

No ano 50 d.C., aos 22 anos, Agripa II, o filho de Agripa I e bisneto de Herodes, o Grande, recebeu das mãos do imperador Cláudio o título de rei sobre a região do seu tio-avô Filipe, com a capital Cesareia de Filipe. Mais tarde, ele mudou o nome da cidade para Neronias para bajular o novo imperador, Nero. Quando Cláudio morreu, em 54, o novo imperador Nero entregou a Agripa mais territórios para administrar, entre os quais Tiberíades, a capital de Antipas.


Depois do início da rebelião dos judeus contra Roma no ano 66, ele tentou evitar uma guerra entre Roma e os judeus através da negociação. Os romanos premiaram sua lealdade aumentando seu território.


O discurso de defesa de Paulo diante de Festo, Agripa, Berenice e os líderes da cidade de Cesareia é um dos mais significativos de Paulo.

Entre os anos 48 e 66 d.C., Agripa teve a prerrogativa de nomear os sumos sacerdotes judeus.


O Novo Testamento menciona Agripa II (junto com sua irmã Berenice) no contexto do encontro de Paulo com o governador Festo (At 25.13–26.32). O discurso de defesa de Paulo diante de Festo, Agripa, Berenice e os líderes da cidade de Cesareia é um dos mais significativos de Paulo.


Na introdução do seu discurso de defesa, Paulo elogia Agripa como excelente conhecedor de todos os usos e polêmicas dentre os judeus e se declara feliz por poder defender-se diante dele. E as últimas frases chegam a ser espantosas (At 26.25-29). Paulo diz: “Rei Agripa, crês nos profetas? Eu sei que sim”. O próprio Agripa responde então a Paulo: “Por pouco você me convence a tornar-me cristão”.


De onde Paulo tinha a firme convicção de que Agripa cria nos profetas? Atos 13.1 menciona Manaém, um membro da igreja de Antioquia, e informa que ele foi educado com Herodes, o tetrarca. A referência é ao pai de Agripa II. Será que Paulo recebera desse Manaém mais informações sobre a família Agripa e sua posição em relação à fé judaica?


Ao que parece, Agripa II foi o mais nobre de toda a dinastia herodiana. Quando o governador Festo morreu após um mandato de dois anos, o sumo sacerdote Anano aproveitou a oportunidade para perseguir a comunidade cristã em Jerusalém. Ele matou Tiago, o irmão do Senhor, e mais alguns outros membros da igreja. Quando Agripa foi informado disso, ele imediatamente destituiu Anano.


O Novo Testamento sempre chama Agripa II de “rei Agripa” e nunca simplesmente de Herodes, como seus antecessores. Ele governou do ano 50 até sua morte (aprox. 92 d.C.).

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domingo, 15 de dezembro de 2013

Herodes [TVigia]

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Eu Sou a Porta
Da Porta [Jo 10.1-18]
Das Formas [Nó]
Da Nossa História
Do Cerzidor
Do Labirinto
Das Bíblias
... à Eternidade ...


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.. [link do site no título]

Abaixo, 3º texto a respeito da 'cronologia' do nascimento de Jesus, ao seu retorno, que aqui o cito por apêndice ao post Algures [criado na sequência do Jubileu] : ao final, minha observação. 


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Sua Doença e Sua Morte 


          - citando Josefo


Matança de Crianças 


Data da Sua Morte. 


Surge um problema com respeito a quando Herodes morreu. Alguns cronologistas sustentam que ele morreu no ano 5 ou 4 AEC. A cronologia deles baseia-se em grande parte na história de Josefo. Ao datar quando Roma designou Herodes para ser rei, Josefo usa uma “datação consular”, isto é, localiza o evento como ocorrido durante o governo de certos cônsules romanos. Segundo esta, a designação de Herodes como rei ocorreu em 40 AEC, mas os dados de outro historiador, Apiano, colocariam o evento em 39 AEC. Pelo mesmo método, Josefo situa a captura de Jerusalém por Herodes em 37 AEC, mas ele diz também que ela ocorreu 27 anos depois da captura da cidade por Pompeu (que ocorreu em 63 AEC). (Jewish Antiquities, XIV, 487, 488 [xvi, 4]) Sua referência a este último evento situaria a data em que Herodes tomou Jerusalém em 36 AEC. Ora, Josefo diz que Herodes faleceu 37 anos depois de ter sido designado rei pelos romanos, e 34 anos depois de tomar Jerusalém. (Jewish Antiquities, XVII, 190, 191 [viii, 1]) Isto indicaria que a data do seu falecimento era o ano 2 ou talvez 1 AEC.


O historiador judeu Josefo talvez tenha contado os reinados dos reis da Judéia pelo método dos anos de acessão, como se fazia com os reis da linhagem de Davi. Se Herodes foi designado rei, por Roma, em 40 AEC, seu primeiro ano de reinado se estendeu do nisã de 39 ao nisã de 38 AEC; de modo similar, se for contado a partir da sua captura de Jerusalém, em 37 (ou 36) AEC, o primeiro ano do seu reinado começou no nisã de 36 (ou 35) AEC. Portanto, se for como Josefo diz, que Herodes faleceu 34 anos depois de capturar Jerusalém, e se estes anos, em cada caso, forem contados segundo o ano de reinado, sua morte pode ter ocorrido em 1 AEC. 


Num argumento neste sentido, apresentado em The Journal of Theological Studies (A Revista de Estudos Teológicos), W. E. Filmer escreve que a evidência dada pela tradição judaica indica que a morte de Herodes ocorreu em 2 de sebate (o mês de sebate cai em janeiro-fevereiro de nosso calendário). — Editada por H. Chadwick e H. Sparks, de Oxford, 1966, Vol. XVII, p. 284.


Segundo Josefo, Herodes morreu pouco depois dum eclipse lunar e antes duma Páscoa. (Jewish Antiquities, XVII, 167 [vi, 4]; 213 [ix, 3]) Visto que houve um eclipse em 11 de março de 4 AEC (13 de março, calendário juliano), alguns chegaram à conclusão de que este era o eclipse a que Josefo se referiu.


Por outro lado, houve um eclipse total da lua em 1 AEC, uns três meses antes da Páscoa, ao passo que aquele em 4 AEC foi apenas parcial. O eclipse total em 1 AEC ocorreu em 8 de janeiro (10 de janeiro, calendário juliano), 18 dias antes de 2 de sebate, dia tradicional da morte de Herodes. Outro eclipse (parcial) ocorreu em 27 de dezembro de 1 AEC (29 de dezembro, calendário juliano). — Veja CRONOLOGIA (Eclipses lunares).


Outra forma de cálculo gira em torno da idade de Herodes quando morreu. Josefo diz que ele tinha cerca de 70 anos. Diz que, quando Herodes recebeu sua nomeação como governador da Galiléia (que em geral é datada em 47 AEC), ele tinha 15 anos de idade; mas os peritos entendem tratar-se dum erro, evidentemente devendo ser 25 anos. (Jewish Antiquities, XVII, 148 [vi, 1] XIV, 158 [ix, 2]) Concordemente, a morte de Herodes ocorreu em 2 ou 1 AEC. Temos de lembrar-nos, porém, de que Josefo é muitas vezes incoerente na sua datação de eventos, e, portanto, não é a fonte mais fidedigna. Para obtermos a evidência mais fidedigna temos de recorrer à Bíblia.


A evidência disponível indica que Herodes provavelmente morreu no ano 1 AEC. Lucas, o historiador bíblico, informa-nos que João apareceu para fazer batismos no 15.° ano de Tibério César. (Lu 3:1-3) Augusto faleceu em 17 de agosto de 14 EC. Tibério foi nomeado imperador pelo Senado romano em 15 de setembro. Romanos não usavam o sistema do ano de acessão; por conseguinte, o 15.° ano se estenderia de fins de 28 EC a fins de 29 EC. João era 6 meses mais velho que Jesus e iniciou seu ministério (evidente na primavera) antes dele, como seu precursor, preparando o caminho. (Lu 1:35, 36) Jesus, que segundo a Bíblia nasceu no outono, tinha cerca de 30 anos de idade quando se dirigiu a João para ser batizado. (Lu 3:21-23) Portanto, mui provavelmente, foi batizado no outono, por volta de outubro de 29 EC. Contando 30 anos para trás, chegamos ao outono de 2 AEC como a época do nascimento humano do Filho de Deus. (Compare Lu 3:1, 23, com a profecia de Daniel sobre as “setenta semanas”, em Da 9:24-27.) — Veja 70 SEMANAS.


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Obs :


Se Josefo não é a fonte mais fidedigna, por qual razão foi tomado à descrição da doença de Herodes no site Torre de Vigia? [ou seja : tomo citações, somente quanto aos meus interesses, sendo estes, jugo da tradição? [Mt 15.2-6 ; Mc 7.3-13 ; Lc 2.34]

          - na Verdade, a incoerência reside nas descrições de citações da Palavra, letra morta (2Co 3,6) sem o Espírito Santo da Verdade da Obra, que, nestes dias, revela-Se (Is 34.4nas luzes aqui contidas do Retorno à Descrição da Forma [Bios] que se estenderam por En. 38-40 [1ª Parte do Véu].
          - aliás, as citações são espirituais, pois a perseguição acaba 37 anos após ter sido designado rei pelos Romanos [da mesma Forma, ocorreu aqui, com o espírito do mundo [Roma : Rm 1.7,15 ; 2Tm 2.17 ; 1Jo 2.17] se opondo à Forma da escrita [En7/nt.7], até o Jubileu do marco 37, em que Enoque, quer por marco ou cap., estende-se sobre o numerário descrito no texto acima ... [portais].

Quanto ao 27/28/29, também no blog citei Lv 27.28,29 [Ez9.3/4] nos comentários [post's, Núcleo Blog] a respeito do Jubileu do Reino - por tal, também aqui há dobras de 15, à imagem do post Cronograma [pelos 15 ocultos em Sta. Brígida / Mistérios] a respeito de Qual [Poder] aqui entrega a Forma devida : 

          - na Verdade, a Forma da Descrição dos Poderes é inatingível à imagem, sem a Luz da Graça do Espírito das Suas Palavras [por tal, gerou Formas visíveis ao reconhecimento do Resgate - aqui, descrição pertinente à Redoma]!

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Quirino

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Abaixo, 2º texto a respeito de Quirino, do Site Torre de Vigia, que aqui o cito por apêndice ao post Algures [criado na sequência do Jubileu]. 

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Vide Recenseamento

Governador romano da Síria, na época do “registro” decretado por César Augusto, que resultou em o nascimento de Jesus se dar em Belém. (Lu 2:1, 2) Seu nome completo era Públio Sulpício Quirino. No Chronographus Anni CCCLIIII, uma lista dos cônsules romanos, o nome de Quirino aparece em 12 AEC, junto com o de Messala. (Chronica Minora, editada por T. Mommsen, Munique, 1981, Vol. I, p. 56) Tácito, historiador romano, relata brevemente a história de Quirino, dizendo: “Era oriundo do município de Lanuvium, mas tinha sido muito bom militar; e pela sua grande capacidade e aptidão para os negócios havia no tempo do divino Augusto merecido o consulado. Tendo depois disto feito na Cilícia a conquista das fortalezas dos Homonades, foi condecorado com as honras do triunfo; e sendo escolhido para dirigir C. César no seu governo da Armênia.” (Anais, Livro III, XLVIII, Clássicos Jackson, Vol. XXV) Morreu em 21 EC.

O que Tácito não menciona é a relação de Quirino com a Síria. O historiador judeu Josefo relaciona a indicação de Quirino à Síria como governador com a indicação simultânea de Copônio como governante romano da Judéia. Ele declara: “Quirino, senador romano que passara por todos os cargos de magistrado até o consulado e homem extremamente distinto em outros sentidos, chegou à Síria, enviado por César para ser governador da nação e para avaliar suas propriedades. Copônio, homem da ordem eqüestre, foi enviado junto com ele para governar os judeus com plena autoridade.” Josefo prossegue relatando que Quirino veio à Judéia, sobre a qual foi estendida sua autoridade, e determinou tributação, causando ressentimento e uma tentativa fracassada de revolta, liderada por “Judas, um galileu”. (Jewish Antiquities [Antiguidades Judaicas] XVIII, 1, 2, 3, 4 [i, 1]) Essa é a revolta citada por Lucas em Atos 5:37. De acordo com o relato de Josefo, ocorreu no “trigésimo sétimo ano depois que César derrotou Antônio em Áccio”. (Jewish Antiquities, XVIII, 26 [ii, 1]) Isso indicaria que Quirino era governador da Síria em 6 EC.


Durante muito tempo, esse governo de Quirino sobre a Síria foi o único para o qual a história secular fornecia confirmação. Todavia, encontrou-se em Roma, no ano de 1764, uma inscrição conhecida como Lapis Tiburtinus, que, embora não forneça o nome, contém informações que a maioria dos peritos reconhece que poderiam aplicar-se somente a Quirino. (Corpus Inscriptionum Latinarum, editado por H. Dessau, Berlim, 1887, Vol. 14, p. 397, N.° 3613) Contém a declaração de que, ao ir para a Síria, ele se tornou governador (ou, legado) pela ‘segunda vez’. Com base em inscrições encontradas em Antioquia, que contêm o nome de Quirino, historiadores reconhecem que Quirino também foi governador da Síria no período AEC.


Há incerteza da parte deles a respeito de onde Quirino se encaixa entre os governadores da Síria registrados secularmente. Josefo alista Quintílio Varo como governador da Síria por ocasião da morte de Herodes, o Grande, e após isso. (Jewish Antiquities, XVII, 89 [v, 2]; XVII, 221 [ix, 3]) Tácito também menciona Varo como governador por ocasião da morte de Herodes. (The Histories [As Histórias] V, IX) Josefo declara que o antecessor de Varo foi Saturnino (C. Sentius Saturninus).


Muitos peritos, diante da evidência de que Quirino já tinha governado antes, sugerem os anos 3-2 AEC p/ seu governo. Embora tais datas se harmonizem satisfatoriamente com o registro bíblico, a base em que esses peritos as escolhem está errada, pois, eles alistam Quirino como governador durante esses anos pq estabelecem seu governo após o de Varo, e, portanto, após a morte de Herodes, o Grande, para a qual eles empregam a data popular, porém errônea, de 4 AEC. (Veja CRONOLOGIA; HERODES N.° 1 [Data da Sua Morte].) (Pelo mesmo motivo, isto é, o uso que fazem da data não comprovada de 4 AEC para a morte de Herodes, eles fixam o governo de Varo como de 6 a 4 AEC; a duração do seu governo, porém, é conjectura, pois Josefo não especifica a data de seu início ou de seu fim.) A melhor evidência aponta para 2 AEC como o ano do nascimento de Jesus. Portanto, o governo de Quirino deve ter incluído este ano ou parte dele.


Alguns peritos trazem à atenção que o termo empregado por Lucas, e geralmente traduzido “governador”, é he·ge·món. Esse termo grego é empregado para descrever legados, procuradores e procônsules romanos, e significa basicamente um “líder” ou “eminente oficial executivo”. Portanto, alguns sugerem que, na ocasião mencionada por Lucas como “primeiro registro”, Quirino servia na Síria no cargo de legado especial do imperador, exercendo poderes extraordinários. Um fator que pode ajudar a compreender o assunto é a clara referência feita por Josefo a um governo duplo da Síria, uma vez que ele menciona em seu relato duas pessoas, Saturnino e Volumnio, servindo simultaneamente como “governadores da Síria”. (Jewish Antiquities, XVI, 277, 280 [ix, 1]; XVI, 344 [x, 8]) Assim, se Josefo estiver correto ao alistar Saturnino e Varo como presidentes sucessivos da Síria, é possível que Quirino servisse simultaneamente, ou com Saturnino (como fizera Volumnio) ou com Varo antes da morte de Herodes (que provavelmente ocorreu em 1 AEC). 


The New Schaff-Herzog Encyclopedia of Religious Knowledge (A Nova Enciclopédia de Conhecimento Religioso de Schaff-Herzog) apresenta o seguinte conceito: “Quirino achava-se exatamente na mesma relação com Varo, o governador da Síria, como numa época posterior Vespasiano achou-se com relação a Muciano. Vespasiano conduziu a guerra na Palestina enquanto Muciano era governador da Síria; e Vespasiano era legatus Augusti, detendo precisamente o mesmo título e categoria técnica que Muciano.” — 1957, Vol. IX, pp. 375, 376.


Uma inscrição encontrada em Veneza (Lapis Venetus) cita um censo efetuado por Quirino, na Síria. Todavia, não fornece meio algum para se determinar se isto se deu no início ou no fim de seu governo. — Corpus Inscriptionum Latinarum, editado por T. Mommsen, O. Hirschfeld, e A. Domaszewski, 1902, Vol. 3, p. 1222, N.° 6687.


A exatidão comprovada de Lucas em assuntos históricos fornece sólidos motivos para se aceitar como fato sua referência a Quirino como governador da Síria na época do nascimento de Jesus. É bom lembrar que Josefo, praticamente a única outra fonte de informações, só nasceu em 37 EC, portanto, quase quatro décadas após o nascimento de Jesus. Lucas, por outro lado, já era médico e viajava com o apóstolo Paulo por volta de 49 EC, quando Josefo não passava dum menino de 12 anos. 

Dos dois, Lucas, mesmo de modo geral, é a mais provável fonte de informações fidedignas na questão do governo da Síria pouco antes do nascimento de Jesus. Justino, o Mártir, um palestino do segundo século EC, citou os registros romanos como prova da exatidão de Lucas no que tange ao governo de Quirino na época do nascimento de Jesus. (A Catholic Commentary on Holy Scripture [Comentário Católico Sobre a Sagrada Escritura], editado por B. Orchard, 1953, p. 943) Não há evidência de que o relato de Lucas tenha sido alguma vez contestado por primitivos historiadores, nem mesmo por primitivos críticos tais como Celso.


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Algures

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          Data do nascimento de Jesus ... [?]


          
          Da mesma Forma, nada descarto [inclusive os muitos enganos das sabedorias da carne, que aparentam descrições corretas - os 'Quantos' descritos na lauda Bem Simples, desmembrados na 3ª Oração] : abaixo, algumas faces frente às descrições do Tempo.

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          Quirino foi por 2 vezes governador da Síria , e cito 2 textos por apêndice [ao plausível do censo, anterior ao 6 d.C.] :

          1] Quirino - Torre de Vigia 

          2] O Censo de Quirino - História Cristã  

          O dia é também incerto : [25/12] foi fixado por razões doutrinárias e litúrgicas no século IV. Apenas Lucas indica a circunstância em que ocorreu : Maria deu à luz em Belém (Palestina) porque a lei do recenseamento determinava o retorno das pessoas ao seu local de origem e Maria acompanhou o marido, José [Lc 2.3-7].

          Os romanos obrigaram o recenseamento de todos os povos que lhes eram sujeitos a fim de facilitar a cobrança de impostos, o que se tornou numa valiosa ajuda na localização temporal dos fatos, uma vez que ocorreu exatos 4 anos antes da morte de Herodes, no ano 8 a.C..

          Entretanto, os Judeus tomaram providência no sentido de dificultar qualquer tentativa por parte dos ocupantes em contar o seu povo, pelo que, segundo a história, nas terras judaicas este recenseamento ocorrera um ano depois do restante império romano, ou seja no ano 7 a.C.Em Belém, o recenseamento ocorrera  no 8º mês, pelo que se concluiu que, Jesus nascera provavelmente em Agosto do ano 7 a.C. [vide 39]


          - vide Judeia [2]


          Outros fatos também ajudam a estimar a data exata. Conforme é relatado pelos textos bíblicos, no dia seguinte ao nascimento de Jesus, José fez o censo da sua família, e um dia depois, Maria enviou mensagem a Isabel relatando o fato.

          A apresentação dos bebês no templo, bem como a purificação das mulheres teria de ocorrer até aos vinte e um dias após o parto. Jesus foi apresentado no templo de Zacarias, segundo os registos locais, no mês de Setembro num sábado. 

          Sabe-se que Setembro do ano 7 a.C. teve quatro sábados: 4, 11, 18 e 25. Como os censos em Belém ocorreram entre 10 e 24 de Agosto, o sábado de apresentação seria o de 11. Logo Jesus teria nascido algures depois de 21 de Agosto do ano 7 a.C..


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Obs : quem leva em conta o que pelo Espírito, é descrito?


          - 21 ...[a Visão - 21/06/07]

          - no templo de Zacarias :
                    - conquanto 'entre ambos os ofícios' [Jo 10/pg.11
                    - conquanto por Isabel, à Ana [Ez 9/pg.28]
                    - conquanto foto, no pré-primário [1968/69
                    - conquanto o templo, em Ana [Rosa]
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          1] César Augusto [Caio Júlio César Otaviano Augusto (em latim Gaius Iulius Caesar Octavianus Augustus; 23 de setembro de 63 a.C.19 de agosto de 14 d.C.) foi um patrício e o primeiro imperador romano].

          2] Judeia : Em 63 a.C., o general Pompeu conquista a Judeia e anexa o território. Entre 63 a.C. a 6 d.C., foi um principado vassalo do Império Romano [no ano de nascimento de Caio Júlio César Otaviano].
          3] Herodes [ca 73 a.C.] morreu em 4 a.C [ Alguns detalhes de sua biografia são conhecidos pelas obras do historiador romano-judaico Flávio Josefo].

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Censo de Quirino

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Eis o 1º texto a respeito de Quirino [Site A História Cristã] que aqui cito por apêndice ao post Algures [criado na sequência do Jubileu] : ao final, minha observação.  


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"O belo é o esplendor da ordem." Aristóteles

Mais um fato do Ev. de Lucas, que ajuda a situar Cristo na história. Terá duas postagens .. 


Boa Leitura!


recenseamento de Quirino [Lc 2:2.120], Lucas dá-nos uma outra data cronológica, pois observou quenascimento de Cristo  coincidiu comrecenseamento, que foi ordenado por César Augusto, e que foi “a primeira feita quando Quirino (Cyrenius) era governador da Síria”. 121 Ele menciona este fato como a razão para a viagem de José e Maria a Belém. A ida Maria é pois necessária pois (para a sua proteção, necessitava de acompanhar José), todas as Mulheres acima dos doze anos de idade (escravos também) estavam sujeitos no Império Romano a um imposto por cabeça, como os Homens a partir do quatorze anos até à idade dos sessenta e cinco. 122 Existe algum significado para a coincidência do nascimento do Rei de Israel com a mais profunda humilhação de Israel, e com a sua incorporação no histórico grande Império Romano


Mas a declaração de Lc parece estar em conflito direto c/ o fato do recenseamento do governo de Quirino ter começado no A. D. 6, i. e., dez anos depois do nascimento de Cristo. 123 Daí surgem muitas interpretações artificiais. 124 Mas esta dificuldade é agora, se não totalmente removida, ao menos será grandemente prejudicada pela investigação arqueológica e filológica independente da teologia: é quase provado por uma demonstração de Bergmann, Mommsen, e especialmente por Zumpt, q Quirino foi duas vezes governador da Síria, em primeiro lugar no A. U. 750 a 753, A. C. 4 a 1 (onde aparece haver um vazio na nossa lista de governadores da Síria), e a segunda no A. U. 760-765 (A. D. 6-11). 


Este dois governos presididos por Quirino são baseados numa passagem de Tácitus, 125 e confirmada por um velho manuscrito descoberto entre a Villa Hadriani e a Via Tiburtina. 126 Daí Lucas poderia muito apropriadamente chamado o recenseamento durante o nascimento de Cristoo primeiro” (prwvth) sob Quirino, distingui-lo do segundo e bem mais conhecido, onde ele próprio afirma no seu segundo tratado sobre a história da origem do Cristianismo (Atos 5:37). Talvez a experiência de Quirino como executor do primeiro recenseamento foi o motivo pelo qual ele foi enviado para a Síria uma segunda vez para o mesmo fim.


Ainda permanecem, no entanto, três dificuldades nada fáceis de resolver


(a) Quirino não pode ter sido governador da Síria antes do Outono do A. U. 750 (A. C. 4), vários meses após a morte de Herodes (que aconteceu em Março de A. U. 750), e, consequentemente depois do nascimento de Cristo, sabemos a partir das moedas cunhadas que Quintiluis Varus foi governador do A. U. 748 a 750 (A. C. 6-4), e deixou o seu cargo após a morte de Herodes
127. 
(b) Um censo durante o primeiro governo de Quirino, não é mencionado em mais nenhuma parte, somente em Lucas. 
(c) O governador da Síria não conseguiria realizar um censo na Judeia durante o governo de Herodes, antes desta se tornar uma província Romana [em 63. a.C. ; aqui, a Torre de Vigia - Quirino].

Em resposta a estas objecções podemos afirmar: (a) Lucas não teria a intenção de dar uma exata, mas apenas uma aproximação cronológica dos eventos, e poderia ter ligado o censo com o conhecido nome de Quirino porque este o acabou, apesar deste ter sido iniciado com a administração anterior.


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Obs : 'Terá duas postagens' .. 


Quiz o Espírito destinar este texto da História Cristã a Cristo, em Seu Retorno à Descrição da Forma da Obra do Reino [no devido tempo] - lede o final da outra postagem - Quirino/Torre de Vigia - acima citada.


Da mesma Forma, descreve 122 ... 'Existe algum significado para a coincidência do nascimento do Rei de Israel com a mais profunda humilhação de Israel, e com a sua incorporação no histórico do grande Império Romano.' ... quanto à Parábola neste tempo em que trago neste blog [aos olhos do mundo atual - na Net] a descrição de todos os meus caminhos, que assim cumpriam por Parábola dobrada da Palavra [Zc 6.13 ; Jo10/pg11] ... independente entendimentos, senão aos que o Espírito Santo têm preparado o conceito do Retorno ... na face do 63 , pois em 63 eu nasci em S. Paulo, à imagem de que em 63, a Judeia foi subjugada por Roma [pela mão de quem cumpria a crucificação, sem culpa : Jo 19.11].



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